segunda-feira, 4 de outubro de 2010

British Museum e o retorno para casa

O último dia em Londres durou muito mais do que 24 horas. Fizemos tantas coisas que pareceu mais longo. Sem falar no fato de não termos dormido por causa do horário do embarque para o Brasil.

Partimos do nosso hotel - Best Western Corona, próximo à estação Pimlico - um pouco depois das 11h. Fizemos nosso check-out, mas deixamos as malas na recepção para conseguirmos concluir as últimas incursões pela cidade, sem os quase 30 quilos de cada mala.

Abaixo de chuva, com a nossa pequenina sombrinha I love London, fomos ao British Museum. Lá estão expostas partes do que foi um dia o Mausoléu de Halicarnasso, uma das 7 Maravilhas do Mundo Antigo. O templo foi construído  em Halicarnasso (atual Turquia) para abrigar os restos mortais do Rei Mausolo e de sua irmã e esposa, Artemísia II, por volta do século IV ac.




Outra grande atração do British Museum é a famosa pedra da Roseta. Foi estudando os hieroglifos desta pedra que Champollion desvendou a escrita egípcia. Além dos hieroglifos, ela possui o mesmo texto em grego antigo, o que foi um dos principais fatores que possibilitaram essa tradução.


Murais Assírios
Mármores de Elgin, retirados do Partenon na Grécia e levados a Grã-Bretanha em 1806

sábado, 2 de outubro de 2010

Chegamos


Depois de uma maratona de aeroportos, chegamos a Porto Alegre. Apesar da viagem ter se encerrado, continuaremos postando algumas fotos e comentários. Nesta última noite não dormimos. Nosso voo no aeroporto Gatwick, em Londres, estava marcado para sair às 6h. E precisávamos entrar no portão de embarque bem cedo. Da Inglaterra fomos para Portugal. Da cidade do Porto seguimos para São Paulo. Em Guarulhos, pegamos o último avião, aquele que nos traria de volta para casa. 14 horas ao todo. Dá para dizer que pegamos um pinga (expressão utilizada para ônibus que param em qualquer rodoviária de beira de estrada).

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Despedida


A previsão do tempo acertou. Para aproveitar a manhã ensolarada, fomos ver a troca da guarda no Palácio de Buckingham e passeamos pelo o St. James Park, onde encontramos esse simpático mascote, que ainda não foi batizado. Vocês têm alguma sugestão? (IMPORTANTE: CONSEGUIMOS LIBERAR PARA TODO MUNDO A PUBLICAÇÃO DE COMENTÁRIOS. Algumas pessoas nos relataram que tiveram dificuldade em postar observações).

Assim como a gente, esse pequenino esquilo também come sanduíches. Para fazer o registro do almoço do bichinho, tivemos que persegui-lo por alguns minutos. É impressionante a quantidade de esquilos dando sopa neste parque. Tentei estabelecer contato com outras espécies, mas o meu sotaque dificultou um pouco a comunicação.




Seguimos até a London Eye, roda-gigante de 135 metros de altura, da qual se tem uma vista espetacular da cidade. Na seqüência, pegamos um barco e passeamos pelo Tâmisa. Seguimos então para National Gallery, museu que reúne vários artistas - de Caravaggio a Georges Seurat. De lá fomos ao Dominion Theatre para assisitir a um dos muitos musicais que a cidade oferece: We Will Rock You, com músicas da banda inglesa Queen. Amanhã será nosso último dia em Londres. Essa despedida foi perfeita.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Chuva na terra da rainha

Se nos demais destinos dessa viagem o sol predominou, aqui, na Inglaterra, como era de se esperar, a chuva e os dias com nuvens estão dificultando um pouco os programas ao ar livre. Tudo indica que amanhã o sol brilhará um pouquinho. Pelo menos é o que prevêem os telejornais daqui. Por isso, a expectativa é de programação intensa.





Hoje, visitamos os museus Tate Britain, Tate Modern e a Torre de Londres (foto acima), castelo medieval construído no séc. XI, usado também como fortaleza, prisão e local de execução. Havia uma exposição de armaduras reais e das coroas usadas pelos reis e rainhas ingleses.



Andamos por salas estreitas e masmorras, onde os prisioneiros eram torturados. As histórias ocultas por aquelas paredes são marcadas de sangue: herdeiros assassinados e integrantes da realeza presos e executados por traição. Esse é o caso de Ana Bolena, rainha casada com Henrique VIII, monarca responsável pela ruptura com a Igreja Católica e pela criação da Igreja Anglicana, que ficou encarcerada neste local antes de ser decapitada. As histórias são terríveis, mas o clima hoje em dia é de descontração, com guias vestidos a caráter cheios de relatos para contar e integrantes da guarda real.






Ao sairmos, avistamos a belíssima Tower Bridge, construída sobre o Tâmisa.



Passamos também pelo Jardins da Torre Vitória, no qual se encontra a escultura Burgueses de Calais, de Auguste Rodin.





Fomos também à St. Paul Cathedral (ao fundo na foto), mas estava fechada.


Aliás, hoje foi um dia em que nem tudo ocorreu como o esperado. Depois de longas caminhadas, no final do dia, a chuva apertou. O nosso único guarda-chuva era menor do que pensávamos. Para piorar as coisas, entramos na estação do metrô Blackfriars e ela está fechada para reformas até 2011. Apenas trens de superfície estão funcionado e nenhum deles ia para nossas bandas. Diferente de Paris, as estações ficam bem distantes uma das outras em Londres. Caminhamos bastante até chegar a estação Temple, que, enfim, nos conduziria até o nosso hotel.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Dinossauros e meteoritos


Era quase 18h quando fomos enxotados do Museu de História Natural de Londres. Chegamos antes do meio-dia e não queríamos mais sair. Logo na entrada, o visitante se depara com uma réplica de um gigantesco fóssil de diplodocus, um dinossauro herbívoro que habitou nosso planeta há milhões de anos. Para facilitar a visita, o prédio foi dividido em quatro zonas: vermelha, verde, azul e laranja. Em cada uma dessas galerias, concentram-se informações sobre diferentes espécies, sobre recursos minerais e as forças da natureza. Foi  surpreendente ver a quantidade de crianças que visitavam o museu nesta terça-feira. Turmas e turmas de alunos de todas as idades circulavam encantados pelas salas.



Existe uma área chamada de Spirit Collection Tours em que são exibidas amostras de animais coletadas inclusive pelo próprio Charles Darwin.


Acima, você pode ver a monumental baleia azul. Além das milhares e milhares de espécies, a interatividade proporcionada pelo museu é outra de suas qualidades. Você pode fotografar, mexer e brincar. 

Madame Tussauds


Ontem, inserimos várias fotos do museu de cera Madame Tussauds. O lugar diverte crianças e adultos. Os bonecos são incríveis. Até aquelas pequenas veias que temos na pele podem ser vistas nas faces e corpos de celebridades reconstruídas com perfeição. Para fazê-los são necessárias 250 medidas e três meses de trabalho. Ao todo, além do museu de Londres, há outras oito sedes em Amsterdam, Las Vegas, Holywood, Shanghai, Berlin, New York, Hong Kong e Washington D.C.

Além de ver as figuras em cera, tivemos a oportunidade de assistir a um filme curta-metragem em 4D. Assim como os filmes em 3D, precisamos usar aqueles óculos engraçados. A diferença é que os olhos e os ouvidos não são os únicos sentidos estimulados. A história era sobre uma fictícia invasão de Londres por vilões malvados. Para salvar a cidade, entravam em ação os super-heróis Homem-Aranha, Incrível-Hulk e Homem de Aço. Durante o filme, a cadeira chacoalha, sentimos a garra do vilão entrando nas nossas costas, jatos ar e de água atingem o nosso rosto. Uma loucura!!!


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Festa para uma trintona

Este 27 de setembro foi bem distinto dos 29 anteriores. Explico: hoje completo 30 anos em terra estrangeira e junto a pessoas ilustres.


Posso dizer que foi uma festa de arromba, com direito a realeza e astros de Holywood.



Além de figuras famosas "meio-vivas", também tivemos oportunidade de conhecer o túmulo de diversos personagens importantes da história da Inglaterra na Abadia de Westminster, construída no século XI (diversos reis e personagens importantes estão ali).


Acima você vê a parte chamada de nave da igreja. No lado esquerdo (onde aparece um globo amarelo), está sepultado Isaac Newton (considerado o cientista que causou o maior impacto na história da ciência). Charles Darwin encontra-se a poucos passos dali. A  imagem está fora de prumo porque não é permitido fotografar na Abadia. Por isso, não mostra com precisão os detalhes da construção e dos túmulos. Por sorte, estou acompanhada de um cinegrafista cara-de-pau que independente das restrições faz tudo para documentar a viagem. Confira o vídeo abaixo:




Em uma das laterais há uma área dedicada a escritores. Esse local é conhecido como Canto dos Poetas. Inscrições no chão da igreja homenageiam Henry James, Lewis Carrol, T. S. Eliot, Dylan Thomas, entre outros. Esses autores morreram na Inglaterra e foram sepultados em diferentes cidades. Contudo, foram reunidos simbolicamente nesta área.





Como vocês puderam ver, o dia foi bem agitado. Isso que acordei mais cansada do que o normal, não em virtude do peso da idade, mas por causa da nosso rotina intensa que nos deixa mais suscetível a resfriados. Pelos outros países que passamos, dormimos pouco, andamos muito e comemos bastante sanduíche. Sentimos saudade de uma costela ou picanha.

Aqui em Londres estamos procurando nos alimentar melhor. Almoçamos e jantamos pratos quentes. O frio dessa terra também está contribuindo para aumentar o apetite. Fomos ao restaurante português Nandos, recomendado pelo pessoal do nosso hotel (Best Western Corona). Bom e barato, próximo à estação Victoria. Lá é servido frango com acompanhamentos. É possível gastar menos de 15 libras para duas pessoas com bebida à vontade.

Imigração

De todos os locais pelos quais passaríamos durante essa viagem, o que mais nos preocupava, em relação a permitirem ou não o nosso ingresso, era a Inglaterra. Antes de embarcarmos em Bruxelas no trem Eurostar, que cruza o Canal da Mancha sob as águas, fomos submetidos a um breve interrogatório. Uma fiscal da alfândega inglesa, com aparecia de ter ascendência indiana, conferiu os nossos passaportes e nos questionou o que faríamos em Londres. Respondemos que viajávamos a turismo. Então, ela perguntou o que pretendíamos ver lá.

Frio na barriga. Segundos de reflexão.


Um ajudou o outro: - London Eye, Tate, British Museum, Big Ben...


Além do nosso roteiro turístico, fomos questionados se trabalhávamos, o que éramos um do outro e quanto tempo ficaríamos na cidade. Nessa altura do campeonato, achamos que seria necessário apelar para o dossiê que preparamos para casos de aperto. Trouxemos conosco: certidão de casamento, contra-cheque e email de confirmação do hotel. Felizmente não foi necessário partir para a papelada. Passaporte carimbado e autorização para entrar na Grã-Bretanha, último destino da nossa jornada.

Vista no final do dia do Parlamento e do Big Ben

domingo, 26 de setembro de 2010

Anne Frank

Foto do nosso último passeio em Amsterdam





Entrada para o anexo secreto onde Anne Frank e a família se esconderam dos nazistas

Por dois anos, Anne Frank, seus pais, irmã e uma família de amigos (8 pessoas ao todo) viveram escondidos dos nazistas durante a ocupação de Amsterdam na Segunda Guerra Mundial. A terrível história dessa jovem judia foi revelada ao mundo após a publicação de seu diário em 1947, dois anos após a sua morte em um campo de concentração. Neste sábado, fomos à casa que ficou conhecida como o Anexo Secreto, na Rua Prinsengracht.

O local foi transformado em museu e atrai milhares de pessoas todos os anos. Já havíamos lido que esse tour deixava as pessoas abaladas. E não era uma informação exagerada. Nas paredes da casa, mantida tal qual o período, pode-se ver os recortes e colagens feitos por Anne e trechos de seu diário. Assim como a família Frank, o vistante percorre os cômodos sem nenhum tipo de iluminação natural. Em poucos minutos, é possível entender a dificuldade e os temores a que essas pessoas eram submetidas.

Partimos de Amsterdam nesse domingo rumo a Bruxelas. Nossa viagem de ônibus foi tranquila e sem atrasos. Chegamos a Bélgica e em seguida já nos dirigimos à estação Midi, onde ocorre o embarque da Eurostar para Londres. Aqui faz frio, e o tempo tem se mostrado bastante instável. Acho que teremos que comprar sombrinhas para circular pelas terras do Príncipe Charles.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Museus, bicicletas, cervejas e xadrez

Pode até não parecer, mas estou na letra M

Amsterdam é única. Pode parecer uma tolice, pois todos os lugares têm suas particularidades. Apesar de pequena, é fácil se perder entre suas ruelas que sequer constam nos mapas. É muito provável que andando pela cidade você sofra um quase atropelamento - isso se tiver sorte. Bicicletas, carros, motos e trams, espécie de bondinho, tornam a vida do pedestre uma aventura.





Há ainda os canais (há mais de 100 km deles), os barco-casas, a liberação das drogas e da prostituição (as mulheres ficam expostas em vitrines). E muitos museus. Hoje, fomos a dois: Van Gogh Museum e Rijksmuseum. E vimos ao vivo o poder das cores de Vincent e Vermeer, grandes pintores holandeses.

Transgressão: foto frustrada da tela The Milkmaid, Vermeer






Por aqui, embora haja museus em abundância (há até um dedicado exclusivamente a tulipas), os preços dos ingressos são mais salgados do que em Paris. Em compensação, a comida e a bebida são um pouquinho mais acessíveis.

Aparato tecnológico para mostrar a fabricação da cerveja

Por falar em bebida, no final do dia, encerramos nossas andanças na cervejaria Heineken, que tem sua origem aqui. Porém nós vimos que gostamos mesmo de outras marcas locais, principalmente da Hoegaarden belga (cerveja de trigo - chamam de weiss, white ou ainda wit), é da Inbev-Ambev. Aliás, como são boas as cervejas de trigo!

Por fim, passeamos na praça Max Euwe, homenagem ao campeão mundial de xadrez nascido aqui (foi o quinto campeão mundial, em 1935, tendo derrotado o grande Alekhine). Na praça, pessoas jogavam uma partida com peças gigantes.